Toggle navigation
Welcome
|
Search
|
Authorities
Indexes
|
Help
Classification scheme
CLDD
Documentos em destaque
0001
Livro de registo de receita do Cofre dos Órfãos
1537-03-15/1557-12-22
0002
Livro do lançamento da décima - arruamentos urbanos
1765-01-24/1765-01-26
00001
Ir ao poço da bomba [fot.]
1966/1966
000001
Posturas municipais - forneiros
1819-08-07/1819-08-07
000002
Provisão régia para realização de feira de três dias
1753-08-02/1753-08-02
000003
Acta de reempossamento da Câmara Municipal do concelho de Mértola
1915-05-16/1915-05-16
000004
Exposição ao Ministro das Obras Públicas pedindo a construção da ponte sobre o Guadiana em Mértola
1955-01-10/1955-01-10
000005
Posturas municipais 1901 - águas - medidas de higiene
1901-06-08/1901-06-08
000006
Avenida Aureliano Mira Fernandes [fot.]
1979/1979
000007
A Casa da Roda: a assistência aos expostos ou enjeitados
1789-08-12/1789-08-12
000008
Máquinas agrícolas [fot.]
(...)
000013
Festa de S. João em Colgadeiros
1929
Acta de reempossamento da Câmara Municipal do concelho de Mértola
Available actions
Reader available actions
Digital representation
Available services
Export record
Search within this fonds/collections
Add to my list
Share
Acta de reempossamento da Câmara Municipal do concelho de Mértola
Description details
Description level
Simple document
Reference code
PT/AMMTL/CLDD/000003
Title type
Atribuído
Production dates
1915-05-16
to
1915-05-16
Dimension and support
3 p. - Papel
Scope and content
Durante a ditadura de Pimenta de Castro (que surgiu como tentativa de inverter o domínio do Partido Republicano Português sobre as instituições governamentais e que durou apenas cinco meses - entre janeiro e maio de 1915) foi decretada, a 9 de abril do mesmo ano, a dissolução dos corpos administrativos, devendo as câmaras municipais e juntas insubordinadas ser substituídas por comissões administrativas, sob proposta do governador civil (Diário do Governo n.º 69/1915, Série I de 1915-04-09, Decreto n.º 1488). A Câmara Municipal de Mértola, unindo-se ao movimento de resistência e ao apelo da Câmara de Lisboa, “[…] resolveu por unanimidade dar plenos poderes ao Senhor Presidente da Comissão Executiva para recorrer aos tribunais, protestando contra o esbulho e pedindo a anulação do decreto que dissolve esta câmara a qual desde já declara írritos e nulos todos os actos praticados pela Comissão intrusa que lhe suceder […]” (ata da sessão ordinária de 20-04-1915). No entanto, a 13 de maio a comissão administrativa terá tomado posse na Câmara Municipal de Mértola (um dia antes da revolução de 14 de maio de 1915, considerada a revolução mais violenta da I República e que culmina com o fim da ditadura de Pimenta de Castro) e a 16 de maio o povo sobreveio na sessão da Câmara e manifestou-se contra a Comissão Administrativa, na defesa dos seus interesses e do municipalismo, cuja descrição referida na ata aqui transcrevemos.
Na ausência do presidente, o vice-presidente - José Monteiro - foi colocado na presidência aos braços do povo e “Aberta a sessão com a presença dos vereadores […], foi pelo povo reclamada a acta da sessão de instalação em posse da Comissão Administrativa que ilegalmente havia assumido a gerência dos negócios municipais, ameaçando o mesmo povo que deitaria fogo a todo o arquivo se não fosse prontamente atendido este seu desejo, pelo que foi ordenado pelo ilustre presidente se trouxesse o mencionado livro e fosse lida a referida acta, no que foi obedecido, atirando-se nessa ocasião ao livro presente, por ser nele que se encontrava lavrada a referida acta, arrancando dele as folhas onde a mesma se achava, e que aqui faltam, sendo queimadas na praça pública conjuntamente com uma bandeira monárquica que ainda existia na Câmara.
Em seguida o senhor presidente num óptimo improviso, expôs aos assistentes a forma como haviam sido tratados todos os republicanos, e principalmente os democráticos, nos últimos meses enquanto pesou sobre nós a ditadura de Pimenta de Castro, que mais uma vez condena; mas estando restabelecida a normalidade, em Lisboa, pede a todos se portem com prudência, pois não vê necessidade de represálias nem vinganças para com os vencidos, sendo o seu discurso muito aplaudido.
Seguiram-se no uso da palavra vários oradores que também pediram serenidade e respeito máximo para com os vencidos, sendo todos muito aplaudidos.
E como não houvesse mais assuntos a tratar o senhor Presidente declarou em nome da lei encerrada a sessão em 15 horas, levantando-se nessa ocasião ininterruptos vivas à Pátria e à República”. [
https://arquivo.cm-mertola.pt/viewer?id=59&FileID=25088
]
Description physical location
A.B.1/39_f.19-20-cx.16