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Exposição ao Ministro das Obras Públicas pedindo a construção da ponte sobre o Guadiana em Mértola
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Exposição ao Ministro das Obras Públicas pedindo a construção da ponte sobre o Guadiana em Mértola
Description details
Description level
Simple document
Reference code
PT/AMMTL/CLDD/000004
Title type
Formal
Production dates
1955-01-10
to
1955-01-10
Dimension and support
3 p.
Scope and content
A ponte de Mértola sobre o Guadiana, inaugurada a 21 de junho de 1961, concretizou “a mais velha e maior aspiração” do concelho, tal como referiu o Presidente da Câmara Municipal de Mértola, Eduardo José Raposo, após a sua inauguração.
Durante séculos a travessia entre as margens do Guadiana fez-se por meio de barcas e a partir de 1924 as barcas de passagem deram lugar à ponte-barca. Para além de todos os inconvenientes inerentes à travessia do rio por meio da ponte-barca (salientando-se as constantes interrupções do serviço devido às cheias do Guadiana), o acidente que ocorreu em 1955, e que provocou o naufrágio da ponte-barca, ditou a construção da ponte há tanto desejada.
Foi então, pela mão do Ministro das Obras Públicas Eduardo de Arantes e Oliveira, surpreendido pelo facto de se utilizar ainda a ponte-barca, que se determinou a construção da ponte com urgência (refira-se que Mértola foi a sede de concelho que manteve até mais tarde aquele sistema). Embora a vontade política fosse nesse sentido – como se verifica pela rapidez com que foi aberto o concurso e assinado o contrato, ainda em outubro de 1955, entre a Direção de Pontes da Junta Autónoma de Estradas e o Eng.º Edgar Cardoso, responsável pelo projeto da ponte – as obras apenas se concluíram seis anos depois. Em sinal de agradecimento por toda a atenção dada ao assunto por parte do Ministro das Obras Públicas, Eduardo José Raposo fez esforços para que fosse atribuído o nome “Ponte Engenheiro Arantes e Oliveira”, ainda que a mesma seja simplesmente conhecida como Ponte sobre o Guadiana.
O documento que destacamos (de entre vários relacionados com a construção da ponte) apresenta a petição dirigida ao Ministro das Obras Públicas. Nesta exposição realça-se a divisão do concelho entre “margem esquerda” e “margem direita” (que na altura era evidenciada pela existência de um vereador responsável pelo pelouro de todos os assuntos que dissessem respeito à margem esquerda) e da qual transcrevemos um pequeno excerto:
“A Câmara Municipal de Mértola […] tem a subida honra de rogar a esclarecida atenção de V. Ex. ᵃ para um problema de importância vital para o respetivo concelho […] a necessidade urgente da construção de uma ponte […] que garanta por forma segura, estável e contínua, a ligação entre as duas margens do Rio Guadiana. Esta ligação assegurava até há pouco tempo, em condições de lamentável precariedade e perigosa insegurança, uma velha e anacrónica ponte-barca que há muito deixou de corresponder às exigências do tráfego e as legítimas solicitações de comodidade dos povos. Com propriedade se pode dizer que a desligação territorial que claramente se traduz pelas denominações correntes de «margem esquerda» e «margem direita» do Guadiana, constitui um facto efetivo e altamente prejudicial para a economia da região.
[…] “A Câmara Municipal de Mértola, interpretando o sentir da boa gente do respetivo concelho e os legítimos anseios das esforçadas populações da província do Baixo Alentejo […] tem a subida honra de solicitar […] a realização da obra tão urgente e indispensável e de tão largo alcance e projeção, guardando segura consciência de que poucas vezes será tão necessária, justa e oportuna uma obra oficial e se antolham tão certos e benéficos resultados.” [PT/AMMTL/CMMTL/B-A/001/0057]
Description physical location
A.B.1/57_f.133v-135-cx.273